Reino: Plantae
Divisão: MagnoliophytaClasse: Magnoliopsida
Ordem: Fabales
Família: Fabaceae
Subfamília: Caesalpinioideae
Género: Cesalpinia
Espécie: Caesalpinia ferrea
As Caesalpinoideaes tem inflorescência geralmente racemosas ou panículas, com meristema apical terminal que se desenvolve indeterminadamente, iniciando brácteas acropelarmente ao longo do eixo da inflorescência. Um único meristema floral é geralmente iniciado na axila de cada uma destas brácteas.
Observa-se em Caesalpinia ferrea um número médio de vinte flores por inflorescência. As flores são completas, diclamídeas e pentâmeras, com cinco pétalas e cinco sépalas, dez estames e um carpelo. Sépalas e pétalas são amarelas, exceto a pétala adaxial que possuimanchas vermelho claro.
As informações deste post são extraídas da tese de Herika Ap. Bequis de Araújo Zaia, apresentada na Universidade de Piracicaba em 2004, em sua tese Zaia análisou e relacionou a ontogênese floral de espécies de Caesalpínia (C. echinata, peltophoroides e ferrea) com estudos morfo-anatômicos e com microscopia eletrônica de varredura e ópitca, encontrou similaridade no processo de formação e desenvolvimento das flores. Seguem os critérios descritivos em que se assemelham a ontogênese floral das espécies avaliadas deste gênero:
- meristema da inflorescência é indeterminado e inicia a formação de brácteas acropelarmente
- cada bráctea protege um único meristema floral
- o primórdio da sépala abaxial é o primeiro a ser formado pelo meristema floral seguido dos primórdios das sépalas laterais e adaxiais de forma unidirecional.
- segue-se os primórdios das pétalas, dos estames episséplos e epipétalos.
- a formação do carpelo se inicia com uma protuberância no centro do meristema floral, seguido por uma invaginação para originar uma fenda que será a placenta.
- ANTESE: nos estágios que precedem a antese, há a diferenciação de células papilares no estigma.
O trabalho que esta disponível na internet, é altamente recomendado para aprofundamento neste assunto, traz imagens de microscopia eletrônica de varredura, de vários momentos do desenvolvimento das flores de Pau-Ferro, Pau Brasil e Sibipiruna, desde da formação inicial meristemática até a liberação do pólen, bem como descrição detalhada da ontogênese e discussões sobre a filogenia dentro desta família:
ZAIA, H.A.B.A. Desenvolvimento floral de C. echinata Lam, C. peltophoroides Benth e C. férrea Var. leyotachia Benth (Fabaceae/ Caesalpinoideae). 2004, 53 f. Dissertação (Mestrado) - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz". Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2004.
As fotos são de um indivíduo presente a muitos anos na praça da Igreja Matriz na cidade de Regente Feijó, Estado de São Paulo. Nestas cidades e nas vizinhas o Pau-Ferro tem destaque na arborização urbana, não se ve mudas sendo plantadas desta espécie, até porque preferem o "Oiti" e as palmeiras, mas os antigos indivíduos, com seu tronco malhado, casca lisa colorida e copa alta com sombra farta são como esculturas das praças, suas flores e folhas são elegantes e raramente, ou quase nunca têm problemas com pragas e doenças.
Cinco pétalas; cinco sépalas, dez estames e um carpelo. |
Pau-ferro inflorescência racemosa indeterminada. Detalhe das brácteas e manchas vermelho claro |
terminal de ramo de Caesalpinia ferrea folha bipinada, filotaxia alterna expiralada |
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