quarta-feira, 10 de abril de 2013

[Árvore] Xylopia frutescens - Annonaceae

Nome científico: Xylopia frutescens
Nome Comun: embira vermelha
Família: Annonaceae
Tipologia florestal:
Local:

Copa simples paucifoliada.
Tronco ereto e cilíndrico com base reta.
Ramificação racemosa e esgalhamento alterno.
Exsudação ausente.
Folha simples alterna, coriáceae, com pecíolo curto,tamanho médio de 4 cm, borda inteira lisa, e ápice agudo. Face adaxial glabra e abaxial pubescente.
Terminais de ramos com pilosidade, flexível e marrom.
Madeira mole, ritidoma esbranquiçado, estriado, com presença de lenticelas e com cicatrizes redondas.
Casca viva fibrosa, de coloração marrom claro lustrosa, leve odor e oxidação imperceptível. Com possibilidade de embira.

Medicina:

A casca aromática é usada como carminativa, afrodisíaca, estimulante e como tônico para reumatismo (Berg, 1978; Duke & Vasquez, 1994; Revilla, 2002).

Na região amazônica, a decocção da casca, na forma de inalação, serve para combater resfriados e dores de cabeça, sendo que a inalação só pode ser feita na hora de dormir (Di Stasi & Hiruma-Lima, 2002).

As folhas são usadas pelos índios Guaymi (oeste do Panamá) como anti-helmíntico e antipirético (Joly et al., 1987), cuja infusão serve como um potente analgésico e antiinflamatório. Na parte colombiana da Amazônia, os índios utilizam com cautela o chá das folhas como diurético e antiedematogênico (Di Stasi & Hiruma-Lima, 2002).

Os frutos detêm sabor aromático com a retirada da semente oblonga neles contida, que cheira a junípero. Quando comidos em jejum, corroboram o estômago fraco e dissipam os flatos. Moídos, são aplicados contra mordidas de serpentes (Rocha et al., 1998).

As sementes possuem propriedades organolépticas (Silva & Grotta, 1975) e são tidas como estimulantes da bexiga, digestivas e úteis contra catarro, leucorréia, cólicas estomacais (Di Stasi & Hiruma-Lima, 2002), reumatismo, picadas de cobra, mau hálito e cáries (Corrêa, 1984). Júnior (1981) prescreve que essas sementes, as quais encerram óleo volátil e aromático, possuem uma destinação mais nobre: postas a macerar numa bebida alcoólica são tomadas como afrodisíaco.

Ornamental:
Pelo tipo de copa piramidal que possui, esta árvore é utilizada para arborizar ruas e  avenidas (Brandão et al., 2002).

Veja:
PROJETO: “EXTRATIVISMO NÃO-MADEIREIRO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NA AMAZÔNIA (ITTO – PD 31/99 Ver. 3 (I)”.







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